Santa Maria da Feira transforma-se, durante a Semana Santa, que no calendário cristão se inicia no Domingo de Ramos (24 de março) e se prolonga até ao Domingo de Páscoa (31 de março), num palco vivo onde cada rua, cada praça e cada jardim contam uma história de fé, sacrifício e esperança.
Em 2024, as recriações históricas dos últimos momentos da vida terrena de Cristo, envolvem mais de 200 atores do Grupo Gólgota, que vão conferir “realismo, emoção e intensidade aos vários momentos da história do cristianismo, que vão levar a população e os visitantes a integrarem algo maior: um momento de união e introspeção onde as emoções estão à flor da pele”.
Em Domingo de Ramos, início da Semana Santa, a recriação ‘Entrada Triunfal em Jerusalém’ assinala o dia em que Jesus entrou em Jerusalém montado num jumentinho, enquanto a multidão o saudava com ramos de oliveira, benzidos no início da recriação, num gesto de homenagem e reconhecimento do Messias. Uma recriação carregada de simbolismo, refletindo a aclamação de Jesus pelo povo como o início da sua jornada de sacrifício, marcada para as 15h30, entre o largo do Convento dos Loios e a Igreja dos Passionistas.
Na Quarta-Feira, no exterior do Museu Convento dos Loios, pelas 21h30, a recriação ‘Última Ceia’ convida o público a envolver-se e a fazer parte destes momentos de profunda intimidade e interioridade de Jesus com os seus discípulos. Num ato de humildade como Mestre, Jesus lava os pés aos seus discípulos e partilha o pão e o cálice, nesta ‘Última Ceia’. A recriação foca não apenas o ato de comunhão, mas também o intenso drama humano e a traição iminente, captando o momento em que Jesus anuncia que um dos discípulos o trairia e a instituição do novo mandamento de amar uns aos outros como ele amou.
A terceira e última recriação é a Via Sacra, em Sexta-feira Santa, pelas 21h30, entre o Palácio da Justiça e o Castelo. É uma das recriações mais emocionantes e contemplativas da Semana Santa, representando a jornada de Jesus desde a sua condenação até à sua crucificação.
