Nélson Costa
Diretor
Esta edição do Correio da Feira debruça-se exclusivamente nos 50 anos da Revolução dos Cravos, de 25 de Abril de 1974. Uma edição especial para um número redondo de uma data que importa sublinhar sempre. Especial, não apenas porque se dedica apenas a um tema, e de extrema importância para a democracia portuguesa, mas também porque o tema invoca a liberdade e essa não se escreve sem o jornalismo.
Uma edição que contou com a parceria e colaboração da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, num partilhar de ideias com total liberdade de expressão, que reuniu várias quadrantes políticas, juntas para invocar a liberdade e fazer perdurar Abril.
A direção e redação do Correio da Feira agradece a forma entusiasta e simpática como a Ana Carvalhinho, Ana José Oliveira, Catarina Rebelo e restante equipa da Câmara Municipal nos desafiaram para o projeto e sempre nos receberam, numa saudável e desafiadora troca de ideias. Obrigado pelo empenho e por nos desafiarem nesta caminhada para encontrarmos histórias e vidas do passado, de orgulhosos feirenses, que aceitaram abrir os seus corações a este jornal centenário, com algumas das páginas mais importantes das suas vidas, que acreditamos que inspirarão histórias do presente e futuro.
Mais do que explanar todos os conteúdos presentes nesta edição, queremos ressalvar que este jornal/documento pretende servir de consulta futura, contando histórias das gentes do Concelho, ‘anónimos de abril’ — como dá nome o espetáculo que figurará no Cineteatro António Lamoso no dia de hoje — porque abril faz-se de todos e para todos. Aqui, o lápis é nosso, é da cor que quiserem e estas histórias são para si.
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen, in ‘O Nome das Coisas’