AJM/FC Porto sagrou-se tricampeã nacional de voleibol feminino
Três épocas, três campeonatos. Erguer o título de campeão nacional tornou-se algo quase banal para a AJM/FC Porto, equipa que resultou da junção entre Academia José Moreira, sediada em Nogueira da Regedoura, e o clube mais representativo do norte de Portugal.
Apesar dos rasgos de equilíbrio que Sporting e Leixões foram demonstrando nos últimos três anos, com as leoas a erguerem uma Taça de Portugal e as matosinhenses duas, a AJM/FC Porto não deu abébias quanto à Liga LIDL. São três campeonatos conquistados de forma consecutiva, que tornam a equipa orientada por Rui Moreira a mais consistente do voleibol feminino português.
Ainda assim, na fase regular ficou-se pelo 2.º lugar, em igualdade pontual com o Porto Vólei, clube com o qual se estreou esta época, com uma derrota por… 3-0. Na segunda fase, melhorou o desempenho e conseguiu terminá-la na liderança isolada, selando a passagem ao play-off de apuramento de campeão com tarimba de favorito.
No play-off, disputado por quatro equipas, a AJM/FC Porto deixou o Clube K pelo caminho, após triunfo tranquilo por 3-0, resultado que impôs na finalíssima – que até se esperava equilibrada – frente ao Sporting, que tinha eliminado, na ‘negra’, o Leixões.
Além do sucesso interno, não esquecendo a conquista da Supertaça no encetar de época, as portistas fizeram história internacionalmente, ao serem as primeiras em representação de uma equipa lusa a alcançarem os quartos de final da Challenge Cup.
Muito do sucesso da AJM/FC Porto, que conta com jogadoras que aliam o desempenho desportivo à experiência em quadra, como os casos mais sonantes da brasileira Renatinha e da internacional portuguesa, e capitão de equipa, Joana Resende, deve-se a dois reforços.
As duas norte-americanas que chegaram a Portugal esta temporada, Kyra Holt e Tia Jimerson, apontaram, juntas, um total de 1.287 pontos – 775 e 512, respetivamente –, o que representa quase 47% da pontuação feita pela equipa em 2022/23 (2.746 pontos).
A aposta no mercado internacional tem surtido efeito. No plantel da AJM/FC Porto, apenas 42,1% são portuguesas, havendo seis atletas brasileiras (31,6%), duas norte-americanas (10,5%), uma colombiana, uma checa e uma croata – cada uma representa 5,3%.
