O presidente da Câmara Municipal quer aproveitar a inovação da linha férrea em curso, com o projeto da Linha de Alta Velocidade (LAV), que vai ligar Porto e Lisboa em 75 minutos, para pugnar por um interface ferroviário na interseção com a Linha do Vouga
O traçado considerado preferencial pela Infraestruturas de Portugal (IP) para a nova linha ferroviária de alta velocidade, a ser construída entre Porto e Lisboa, não agrada ao executivo camarário, que, outrora, mostrou-se defensor do traçado B, ao invés do A. Agora, saiu o parecer da comissão de avaliação do Estudo de Impacto Ambiental, que revela uma “atenuante”.
“Aprova uma solução que não queríamos, mas com uma atenuante na zona do Monte Mourão, a zona crítica em Rio Meão. Assim sendo, a solução não é boa, mas é menos má”, anunciou Emídio Sousa, na sessão ordinária, antes de partilhar “uma nota importante”. Segundo o edil, o referente estudo remete “para a negociação por parte das autarquias de um futuro projeto de execução, que irá especificar onde a linha vai passar”. Nesta fase, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira tenciona reivindicar um interface ferroviário, em Rio Meão. “Proponho que nos pronunciemos, dizendo que, face às características da futura linha de alta velocidade e antevendo que no futuro possam circular outros tipos de comboios, com paragens em várias cidades, seja construído um interface na interseção com a Linha do Vouga. Não quer dizer que consigamos, mas devemos fazer tudo para o conseguir. Se um dia, um intercidades passar ali, porque não parar?”, disse o presidente da Câmara, com base na crença de que “o Governo vai cumprir com a promessa de reabilitação do Vouga”.
A Oposição mostrou-se apologista da proposta, atirando que “lutar não custa”.