Outubro é o mês de sensibilização para prevenção do cancro da mama.
A prevenção primária é de extrema importância e consta essencialmente de boas práticas gerais de saúde, bons hábitos alimentares, exercício físico regular, controlo do peso, do açúcar e das gorduras do sangue.
Estes comportamentos, nem sempre evitam o aparecimento de um cancro e a prevenção secundária torna-se cada vez mais importante, contribuindo significativamente para uma maior longevidade e qualidade de vida das populações.
O diagnóstico precoce modifica o rumo de muitas das doenças oncológicas, que cada vez mais nos afetam e preocupam.
O objetivo é identificar precocemente lesões malignas, antes mesmo de apresentarem sinais visíveis, permitindo que o tratamento seja iniciado mais rápido, aumentando as hipóteses de cura e reduzindo a necessidade de tratamentos mais agressivos.
No caso do cancro da mama, tanto a mamografia, como a ecografia são os exames de primeira linha e que efetivamente salvam vidas.
O auto-exame por vezes permite identificar alterações físicas da mama, nódulos, tumefações ou anomalias na pele que indiciam a presença de um tumor maligno. A idade e toda uma série de riscos familiares e pessoais, incluindo fatores genéticos deverão ser identificados para estabelecer a prevenção mais adequada.
É muito importante ter apoio de uma equipa médica dedicada ao diagnóstico precoce e tratamento do cancro da mama.
Estudos científicos têm demonstrado que a deteção precoce pode aumentar as taxas de sobrevivência em até 90%, com opções de tratamento mais eficazes e menos invasivos, melhorando também a qualidade de vida.
Em traços gerais, como será a rotina de rastreio do cancro da mama? Até aos 35 anos a ecografia mamária será o exame de eleição e compete ao radiologista decidir se deve ser feita mamografia; o mesmo acontece entre os 35 e 40 anos. A partir dos 40 anos, a mamografia é o primeiro exame e a ecografia deve ser realizada como complemento. Nas populações de risco e com antecedentes inicia-se mais cedo.
A incidência do cancro da mama aumenta significativamente a partir dos 40 anos de idade e nos casos diagnosticados entre os 40 e os 49 anos, o atraso na deteção resulta numa perda significativa de anos de vida.
Nesta faixa etária, o padrão mamário é bastante denso e a conjugação do exame físico, mamografia, ecografia e muitas vezes biópsias, bem como ressonância magnética são fundamentais.
É importante que o plano de vigilância seja devidamente ajustado aos fatores de risco individuais e familiares. Os programas de rastreio e de deteção precoce são uma ferramenta essencial na luta contra esta doença devastadora e podem, de facto, salvar vidas! Não hesite em consultar o seu médico.