A 14 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Diabetes, uma data que pretende consciencializar as pessoas sobre a doença e alertar para a importância do diagnóstico precoce e sensibilizar para a sua prevenção.
A Diabetes é uma doença metabólica crónica, que resulta de um desequilíbrio entre a produção de insulina e o nosso consumo de glicose (açúcar).
Em Portugal, como no resto do mundo, há elevada prevalência de Diabetes, que se assume como um problema de saúde prioritário pela Direção Geral da Saúde, considerado, a par da obesidade, uma pandemia. Estima-se que mais de um milhão de portugueses seja diabético (cerca de 50% dos quais não sabe) e até 33% dos portugueses está em risco de o ser (chamada “pré-diabetes”).
Existem diversos tipos de diabetes, sendo os mais comuns, Diabetes Tipo 1 (quando o pâncreas é incapaz de produzir insulina e necessita sempre de administração de insulina), Diabetes Tipo 2 (muito associada a idade, excesso de peso, obesidade e consumo alcoólico, podendo ser tratada com comprimidos com ou sem insulina) e Diabetes Gestacional (associada a gravidez); outras causas poderão ser cirurgias pancreáticas, medicamentos ou síndromes raros.
A doença pode não manifestar sintomas e ser detetada em análises de rotina ou em contexto de doença mais grave como AVC, enfarte do miocárdio, insuficiência renal grave ou amputações dos membros inferiores. Pode causar sintomas como aumento ou perda de peso, aumento de apetite, e da vontade em urinar, sede excessiva, infeções recorrentes, alterações da visão, entre outros.
Não havendo no momento cura para a doença, o diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar a progressão e as suas complicações crónicas.
O estilo de vida — dieta, exercício físico, evicção do álcool, entre outros —, bem como a medicação (comprimidos ou injeções de insulina e outros medicamentos) são fundamentais, assim como a adequada monitorização clínica dos valores de glicemia, tensão arterial, peso e colesterol e do seguimento em consulta diferenciada de Medicina Geral e Familiar, Endocrinologia ou Medicina Interna.
Neste contexto, cabe aos profissionais de saúde prestarem cuidados adequados à pessoa com diabetes, que pode iniciar-se nos cuidados de saúde primários através da intervenção nos fatores de risco; na prevenção secundária, através de um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz, até à prevenção terciária, através da reabilitação. Nunca é demais relembrar a importância da educação para a saúde para um maior controlo desta doença tão prevalente.