No ano em que Portugal celebra 50 anos de democracia, o festival Imaginarius, que decorre de 23 a 26 de maio, nas ruas de Santa Maria da Feira, tem como tema a ‘Liberdade’, que estará presente “em todos os conteúdos e segmentos da programação”
Precisamente a três meses do arranque do Imaginarius, a programação da 23.ª edição do festival foi apresentada à comunicação social, numa sessão realizada na manhã de 23 de fevereiro, no Imaginarius Centro de Criação (ICC).
De 23 a 26 de maio, o Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira, com um orçamento de meio milhão de euros, apresentará 41 espetáculos, tendo toda a programação — absorve 215 mil euros do orçamento global do evento — subordinada ao tema ‘Liberdade’, invocando os 50 anos do 25 de Abril, que se celebraram precisamente em 2024.
Dos 41 espetáculos do evento organizado pela Autarquia resultarão num total de 144 exibições e 130 horas de conteúdos, distribuídos por 15 palcos, entre salas, praças e outros espaços públicos da Cidade, 41 companhias de 12 nacionalidades, 190 artistas, 144 apresentações, dos quais 33 são estreias nacionais, três delas estreias absolutas, três criações Imaginarius e duas instalações de arte públicas.
O presidente da Câmara Municipal da Feira, Amadeu Albergaria, sublinhou que esta oferta consolida o papel da cultura numa “Cidade que se transformou num palco”, sendo um “motor do desenvolvimento social”. Santa Maria da Feira “não é capital da cultura, mas a cultura é todos os anos capital para nós”, afirmou, ainda, Amadeu Albergaria, antes de abordar o tema da 23.ª edição do Imaginarius. “Somos uma terra de operários que decidiram fazer da cultura um mote do desenvolvimento do seu Concelho e esta é a mais bela homenagem que se pode prestar aos 50 anos do 25 de Abril”, disse Amadeu Albergaria.
Para o vereador da Cultura, Gil Ferreira, a edição de 2024, uma vez que o tema “da liberdade é abordado em todos os conteúdos da programação”, tem uma linha “ousada, provocatória, participativa e transformadora, e, sobretudo, democrática”.
Depois do ‘Sonho’, que foi tema da edição de 2023, e antes do ‘Progresso, que inspirará a edição de 2025, essa liberdade determina que, este ano, “nada será tabu”, pelo que, no seu todo, o festival antecipa-se como “a celebração mais profunda e mais catártica que o ser humano pode experimentar”, afirmou Gil Ferreira, que sublinhou ainda os dez anos do Imaginarius Participa e que o investimento total no festival reflete uma “resistência à tendência de acabar com os espetáculos de grande formato, motivada pelos custos que representam e pela logística associada”.
A terminar, Telma Luís, responsável gestora do projeto Imaginarius, destacou alguns dos espetáculos e apresentações da edição de 2024, como, entre outros, a megaprodução ‘Waterlitz’, da companhia francesa Générik Vapeur, entre os grandes formatos, os três espetáculos que envolvem a participação das comunidades, concretamente ‘De femme à FEMMES’, da franco-americana Léa Dant, ‘Poetic Roads: Beyond Borders’, da companhia italiana Rusty Brass Band, que integra músicos das quatro bandas filarmónicas do Concelho, e ‘Party City Pate Santa Maria’ dos espanhóis Ivalid Adress, que conta com voluntários Imaginarius Participa.
Entre a extensa programação, destaque também para o aumento de propostas em sala, para evitar cancelamentos devido à chuva, e o reforço da programação de domingo.