A Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares não terá autorizado a abertura do nível de escolaridade. O vereador da Educação, Gil Ferreira, promete que a Autarquia tomará novas diligências para que num futuro próximo a freguesia de Paços de Brandão tenha ensino secundário
O assunto foi levantado no período antecessor à Ordem do Dia da habitual reunião quinzenal camarária, decorrida na tarde da passada segunda-feira, pela vereadora socialista Manuela Alves. A docente foi clara na questão colocada ao vereador da Educação, Gil Ferreira: “há muito ruído à volta desta questão, inclusive informações contraditórias, e gostaria de saber qual o ponto de situação. Vai arrancar [o ensino secundário em Paços de Brandão]?”.
“Movidos todos os esforços do Município e do Agrupamento de Escolas de Paços de Brandão, recebemos, no decurso do mês de março, a informação da não autorização pela Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares”, respondeu Gil Ferreira, dando de seguida mais detalhes. “Já solicitámos reuniões para aferir qual o motivo em concreto para este indeferimento, uma vez que há uma resolução do Conselho de Ministros e uma vontade declarada do Agrupamento, da comunidade, do Conselho Municipal de Educação e da Autarquia de promover este alargamento naquela zona do nosso território. Queremos esclarecer o porquê de nos ter sido impossibilitada a abertura, quando inclusive temos a nota de alunos que estariam interessados em se matricularem e não vindos apenas da EB 2/3 de Paços de Brandão”.
Presente na Assembleia de Freguesia de Paços de Brandão, na qual o assunto foi discutido, Délio Carquejo quis saber se o indeferimento estava relacionado com “um despacho do secretário de Estado da Educação” e qual o timing do Município para retomar os esforços. “Qual o timing que o Município tem previsto para que haja um claro esclarecimento, para podermos retomar o posicionamento anterior, em que diligenciámos todos que o ensino secundário em Paços de Brandão fosse uma realidade no próximo ano letivo. É tempo de decisões das famílias feirenses que querem apostar neste território em vez de procurarem alternativas, que não são as que estariam preconizadas há cerca de dois meses e agora não se verificam”, comentou.
Em resposta ao socialista, Gil Ferreira garantiu que o “timing é imediato”. Contudo, teme que não seja possível que o ensino secundário em Paços de Brandão seja uma realidade no próximo ano letivo. “Temo que só por altura da comunicação do Movimento Anual da Rede Escolar do próximo ano letivo, que acontece entre fevereiro e março, é que possamos formalizar novamente a intenção de abertura, sem prejuízo das diligências que têm de ser tomadas a montante para a preparação quer a nível da comunidade docente, quer de operação e serviços”, acrescentou, levando Délio Carquejo a questionar prontamente se o cenário “para este ano está afastado”. “Está, com desagrado da parte do Município, do Agrupamento e da comunidade, inviabilizado porque no tempo que deveria ter sido comunicado o deferimento, não foi”, deixou claro o vereador com a pasta da Educação.