No rescaldo das últimas eleições legislativas foram colocados no Governo dois secretários de Estado, (os feirenses Emídio Sousa e Rui Ferreira) e ainda o ministro-adjunto da Coesão Territorial (Castro Almeida, igualmente natural de Santa Maria da Feira), como orgulhosamente se manifesta.
Em campanha eleitoral, em passagem por Santa Maria da Feira, na qualidade de cabeça de lista pelo círculo de Aveiro, Emídio Sousa, prometeu que a “reconstrução do edifício do Tribunal de Santa Maria da Feira” iria avançar.
Nessa altura, outras promessas eleitorais foram adiantadas, com particular destaque para a necessidade de intervenção viária na zona da Cruz, bem como a criação de uma ‘estação’ na linha de alta velocidade (LAV) que sirva a região, a localizar entre Travanca e Arada, com acesso ao nó do Europarque, porque a linha contempla ali um ponto de paragem, ultrapassagem e estacionamento de comboios, pelo que, como estou convicto de que a LAV ao receber comboios como o Alfa e o Intercidades, esta zona deve reivindicar uma estação, para não termos de apanhar o comboio no Porto ou em Aveiro.
Quanto à promessa de reconstrução do Tribuna de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa adianta de forma muito clara a existência de dois erros muito graves. Por um lado, as rendas muito elevadas que o Estado paga, com o dinheiro dos impostos de todos nós, e, por outro, ao fim de 15 anos, ainda não há, sequer, uma linha de ação para a reconstrução do edifício. Tal como nós sempre defendemos, disse ainda: “são cerca de 65 mil euros por mês há cerca de 15 anos, corresponde a cerca de 12 milhões de euros, sem que tenha havido qualquer desenvolvimento”, classificando a situação como “um erro e desperdício de dinheiros públicos”. Recordou ainda que, enquanto presidente de câmara, propôs à tutela que o Município desenvolvesse o projeto de execução, para salientar que a Câmara é parceira e manifestar desejo de que “o Governo perceba que Santa Maria da Feira é um dos territórios mais dinâmicos do país e que isso arrasta litigância, pelo que deve ter um tribunal com a dignidade que o território merece”.
Trata-se de um investimento de cerca de dez a 11 milhões de euros, que Emídio Sousa diz justificar-se, até porque, como sublinhou, “só em rendas, já se gastou esse valor em 15 anos e não somos proprietários de nada.
Chegados aqui, os feirenses aplaudiram essas promessas eleitorais… agora é preciso cumprir a palavra dada. É preciso passar das palavras às obras! A hora da verdade chegou para provar o peso político destes feirenses agora instalados no Terreiro do Paço, onde tudo se decide! Além disso, o primeiro-ministro, residente em Espinho, nosso vizinho, instalado em S. Bento, como jurista conhece bem esta realidade.
Por último, que fique bem claro, os feirenses desejam que nestas causas V.ª Exs.ª sejam bem-sucedidos. Acima de qualquer interesse, está a defesa dos interesses da nossa Terra!