A Associação Nacional da Imprensa Regional (ANIR) considera que o Plano de Ação para a Comunicação Social, no que à imprensa regional e local diz respeito, “é uma nova janela de oportunidade e justificada esperança que foi aberta”
A associação nacional exclusivamente representativa da imprensa de proximidade encontrou no Plano de Ação para a Comunicação Social, anunciado pelo Governo, no dia 8 deste mês, motivos “para concluir que o poder político inscreveu o setor nas prioridades do país para a comunicação social”.
Em nota de imprensa, a ANIR começa por destacar o reforço para o dobro da comparticipação do incentivo à leitura. “Num país ainda muito próximo do hábito de ler jornais impressos, sobretudo em zonas menos urbanos, o reforço da comparticipação do custo de expedição vai permitir a redução do preço da assinatura e, assim, manter e crescer em leitores e consequentemente aumentar a audiência e a receita publicitária”, justifica, acrescentando “a bonificação de 50% por parte do Estado para os cidadãos que queiram subscrever um órgão de comunicação social de teor generalista para novas assinaturas ou renovação de assinaturas”.
Considera que a profissionalização da imprensa de proximidade e a fixação de jornalistas no interior “é fundamental para a sua afirmação e sustentabilidade”. “A estratégia anunciada contempla o apoio à contratação de jornalistas e, muito importante, à contratação do primeiro jornalista”, diz.
“A publicação das deliberações das autarquias adiada há 10 anos e que a ANIR tem vindo em sucessivos governos a bater-se pela sua aplicação, vai finalmente ser implementado, contribuindo para uma melhor informação de proximidade e também uma contribuição das autarquias na construção de um ambiente democrático local”, pode ler-se, sem esquecer “a publicitação dos fundos comunitários na imprensa de proximidade”.
Termina a abordar o apoio para o digital. “Sendo um complemento importante dos media tradicionais, e naturalmente para os jornais exclusivamente digitais, o apoio às assinaturas digitais e a inclusão dos jornais digitais na publicitação das deliberações autárquicas e dos fundos comunitários é um passo importante para a definição do que deve ser considerado um jornal digital, conforme vem defendendo a ANIR”.
Para a ANIR, as referidas medidas podem “fazer a diferença nos projetos sérios na comunicação social de proximidade, que estoicamente se têm mantido em publicação, e que querem e merecem mais do que sobreviver. Meios que estão dispostos e capazes decrescer, profissionalizarem e servir sempre melhor as suas comunidades”.