No âmbito da candidatura ao Parlamento Europeu, uma delegação da CDU esteve em contacto com os trabalhadores da Corticeira Amorim, nas unidades de S. Paio de Oleiros e Mozelos, para apresentar propostas e ouvir as suas preocupações.
“Surpreendentemente, foi-nos relatada a preocupação com a tentativa de negociação com muitos dos trabalhadores mais antigos da empresa, com vista à sua saída, bem como com a ameaça de um despedimento coletivo que levaria a uma redução significativa do número de trabalhadores da unidade de S. Paio de Oleiros – Amorim Cork Flooring”, pode ler-se no comunicado enviado pela CDU de Santa Maria da Feira.
Escreve que, segundo o comunicado oficial da empresa, de 22 de abril, foi decidido em assembleia geral a “distribuição de 26,6 milhões de euros pelos acionistas”, só que a, 9 de maio, um posterior comunicado “deixou grande parte dos seus trabalhadores perplexos”, por referir que “considerando o exigente contexto macroeconómico, a inexistência de sinais de recuperação da indústria de pavimentos e as atuais debilidades competitivas da Amorim Cork Flooring, foi decidido iniciar um processo de reestruturação desta unidade que implica, numa primeira fase, o ajustamento da sua estrutura produtiva e de suporte à dimensão atual das vendas, de forma a reduzir as perdas operacionais e aumentar a eficiência pela otimização industrial”.
Face ao exposto, a CDU diz-se “apreensiva” com a incerteza do futuro destes trabalhadores, reiterando “o seu apoio aos trabalhadores do Grupo Amorim”, antes de mostrar “indignação pela opção da empresa, que detém milhões de lucros, em despedir em vez de encontrar uma solução mais justa para estes trabalhadores que há anos ali trabalham”.
O Correio da Feira contactou o Grupo Amorim, mas até ao momento não obteve resposta.