‘Danos Colaterais’ retrata conflito na Faixa de Gaza pela lente de fotojornalistas
Cultura

‘Danos Colaterais’ retrata conflito na Faixa de Gaza pela lente de fotojornalistas

Exposição/instalação artística estará patente no Museu de Lamas, numa estreia exclusiva em Portugal, pela lente dos fotojornalistas da Agence France-Presse

No âmbito do ciclo de programação Basqueirart, o Museu de Lamas recebe a exposição ‘Danos Colaterais’, cuja inauguração está prevista no próximo dia 18 de maio, pelas 16h.

O conflito armado que, desde outubro de 2023, fustiga o povo palestiniano da Faixa de Gaza, estará patente no espaço museológico em formato exposição/instalação artística, numa estreia exclusiva em Portugal, pela lente dos fotojornalistas da Agence France-Presse.

“Procura, através da captura/imobilidade de fragmentos do tempo, recordar-nos que a indiferença potencializa a barbárie. Centra-se no caso concreto do conflito armado que, desde outubro de 2023, fustiga o povo palestiniano da Faixa de Gaza, exemplo extremo de como o massacre diário de vítimas inocentes se transforma numa banalidade. No final de fevereiro de 2024, o número de mortes ultrapassava já as trinta mil, numa contagem incessante e sem fim aparente à vista”, pode ler-se sobre a exposição.

Cedidas na sua totalidade pela Agence France-Presse, na sequência de uma seleção criteriosa e exclusiva do trabalho de vários dos seus fotojornalistas que desde a primeira hora acompanham o conflito, permanecerão no Museu de Lamas durante pelo menos três meses.

Uma organização conjunta do Museu de Lamas com a Basqueiro – Associação Cultural, dando sequência a uma parceria entre as partes da qual, entre muitas outras colaborações, se têm destacado as exposições que, ininterruptamente, desde 2021, inseridas no ciclo de programação Basqueirart, são apresentadas ao público no espaço outrora conhecido como a sala da cortiça.

‘Living Among What´s Left Behind’, do fotojornalista Mário Cruz, premiada pela World Press Photo, assim como a ‘A Rota do Mediterrâneo’, também da AFP, distinguida pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), como a Exposição Temporária do Ano de 2022, são duas das exposições que já se apresentaram em Santa Maria de Lamas.

À semelhança das edições anteriores, a sala que acolhe a exposição sofrerá uma transformação artística total, numa lógica de proporcionar aos visitantes uma experiência mais aproximada da realidade retratada pelas fotografias.

“O mote mantém-se, utilizar a arte não apenas como mero meio de entretenimento dos sentidos, mas também como veículo para a consciencialização e debate de ideias sobre questões incontornáveis do nosso tempo”, sublinha o Museu de Lamas.

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Márcia Soares
JORNALISTA | Licenciada em Ciências da Comunicação. A ouvir e partilhar as emoções vividas pelas gentes da nossa terra desde 2019.
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