Os autocarros UNIR estiveram novamente em foco no período antecessor à Ordem do Dia e não pelos melhores motivos. A rede de transporte público rodoviário de passageiros, que serve todos os municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP), anunciou, antes do arranque, autocarros movidos a energia limpa e sustentáveis e uma rede uniformizada de linhas, mais eficiente e integrada. Contudo, Délio Carquejo não observa o declarado.
“Continuamos a assistir a situações de autocarros que não deviam estar a circular e continuam a circular. Não é o que está contratualizado no concurso público, por isso manifestamos preocupação porque são autocarros poluentes”, disse o socialista, pedindo esclarecimentos sobre a situação. “Quer-me parecer que a empresa quer sair do nosso território e não o incluir nos desígnios de uma mobilidade sustentável ambientalmente”, acrescentou, antes de questionar se há alterações de horários devido ao término do período escolar.
“Têm havido reuniões com a AMP, o operador e os diretores dos agrupamentos de escola, no sentido de haver alguma sensibilidade para a nova grelha de horários que será lançada em setembro. A rede está estabilizada, funciona em 17 municípios e não se pode estar constantemente a solicitar alterações de horários. Agora com o término das aulas, haverá um horário de verão que funcionará nos próximos dois/três meses. Mas está tudo previsto no contrato. São linhas que foram estudadas para substituir circuitos especiais, que são as chamadas linhas escolares”, respondeu Ana Ozório, vereadora do pelouro de Transportes e Mobilidade. Disse ainda que os estabelecimentos de ensino estão a trabalhar com a AMP e o operador para “garantir o transporte nesta fase de exames” aos alunos.
Quanto aos autocarros em circulação, Ana Ozório foi sucinta: “Alertámos a AMP e o operador de que ainda se viam autocarros que não estão caracterizados, mas garantiram-nos que está para terminar em breve”.