A propósito do Dia Mundial da Grávida, que se assinala a 9 de setembro, lembramos aqui alguns aspetos importantes dos “9 meses” ao longo da gestação.
Tudo deveria começar antes de um teste de gravidez positivo. Em 2022, um relatório das Nações Unidas lembrou-nos que 50% das gravidezes não são planeadas. A fase que antecede à gravidez é muito importante e também exige acompanhamento médico.
A gravidez pode iniciar-se com sintomas indesejados – muito sono, náuseas, vontade frequente de urinar. Mas há boas notícias: os sintomas devem-se à hormona da gravidez em circulação e por isso, acabam por ser um bom sinal.
Durante a gravidez, é importante cumprir as vigilâncias no momento certo. A ecografia do primeiro trimestre tem de ser feita entre as 11 semanas e as 13 semanas e 6 dias, para permitir um dos objetivos principais: o rastreio de trissomia 21.
Já no segundo trimestre da gravidez, muitas preocupações e incómodos ficaram para trás. Será que já consegue vislumbrar o “estado de graça” de que todos falam?
Os movimentos fetais – sensação de “borboletas na barriga” – começam a sentir-se pela 16ª semana. Na primeira gravidez, não se sabendo muito bem o que é, pode só se ter perceção às 20 semanas.
No sexto mês, é muito importante a ecografia morfológica, que permite detetar se existe alguma malformação. A maioria dos bebés é saudável ao nascimento mas infelizmente cerca de 2-3% podem nascer com uma malformação. Cerca de 50% das malformações podem ser detetadas em exames pré-natais. Como vemos, o objetivo vai bem mais longe do que determinar o sexo fetal.
Ao sétimo mês, já apetece preparar o espaço em casa para receber o bebé. Pensar tudo, com tempo: em Portugal, 8% dos bebés nascem prematuros. É provável que esteja a tomar ferro, podem aparecer cãibras, a medição da tensão arterial assume mais importância. As avaliações na gravidez não são para “reprovar” mas para podermos minimizar problemas que surjam.
Aos 8 meses de gestação iniciam-se as aulas de preparação para o parto e é importante discutir todas as dúvidas com o obstetra.
Nono mês. Chegou a hora! “Seja pequenina”, dizem. É importante saber que pode demorar mais do que gostariam, digo. “Vai ser fácil, há anos que as mulheres fazem isso!”, diz-se. Pode ser trabalhosa – daí chamar-se “trabalho de parto” – digo eu. Pode não cumprir com expectativas criadas, mas lembre-se: os profissionais de saúde estarão sempre ao seu lado para que tudo corra pelo melhor.
O momento? Intenso alívio, por terem conseguido chegar ao final dos 9 meses de viagem com o bebé imaginado no colo. E por isso, há até quem diga que “é o momento mais feliz da vida”!