Educar as crianças para uma vida saudável
Opinião Saúde

Educar as crianças para uma vida saudável

A propósito do dia mundial da criança, importa sensibilizar para a literacia em saúde, um alicerce vital para um futuro saudável e que deve ser incutida desde tenra idade. Vivemos numa era onde a informação está facilmente disponível, mas nem sempre é compreendida ou usada de forma eficaz. Ensinar as crianças a refletir e tomar decisões sobre saúde, desde cedo, pode ter um impacto significativo nas suas vidas, promovendo hábitos saudáveis e prevenindo doenças.

Ensinar as crianças sobre nutrição, higiene, exercício físico e saúde mental pode ajudá-las a desenvolver hábitos que durarão uma vida inteira.

A infância é, por isso, o período ideal para a introdução de conceitos de saúde. Neste processo as famílias e escolas têm um papel fundamental.

Programas educativos nas escolas podem incluir aulas sobre alimentação saudável, a importância da atividade física, os perigos do tabagismo e do consumo de álcool. Por outro lado, a própria reação à doença, percebendo as exposições por risco infecioso, a relevância da febre, das alterações do trânsito intestinal (vómitos, diarreia, dor de barriga) e do correto tratamento de feridas, podem ser uma oportunidade de aprendizagem por excelência.

Em casa, os pais podem reforçar essas lições com práticas diárias, como explicar os sintomas de doença, causa/efeito no risco de trauma, criar rotinas previsíveis do banho, cuidados da pele, dentes, sono e serem eles próprios “modelos”, com estilos de vida saudáveis (atividades ao ar livre em família, refeições livres de ecrãs, consumo de sopa/fruta/hortícolas, etc).

Uma criança bem informada está mais preparada para evitar comportamentos de risco. Por exemplo, uma criança que entende os perigos de uma má alimentação é mais propensa a fazer escolhas alimentares saudáveis.

As tecnologias digitais e desenhos animados também podem ser aliados poderosos na promoção da literacia em saúde. Todavia, é essencial que o conteúdo seja apropriado, tanto em linguagem como em evidência científica, para evitar o risco oposto, do “medo” excessivo e insegurança. Com a proliferação de informações de saúde nas redes sociais, é crucial que as crianças aprendam a ser críticas em relação aos conteúdos digitais, que podem partilhar conselhos de saúde imprecisos e não seguros.

Portanto, ensinar as crianças a verificar a credibilidade das fontes e a consultar o seu Pediatra, ou médico de referência, antes de seguir qualquer conselho, é uma habilidade vital na era digital.

Investir na literacia em saúde das crianças é investir no futuro da nossa sociedade, criando uma geração mais saudável e consciente. Esta é uma responsabilidade compartilhada entre pais, educadores e a comunidade em geral. Juntos, podemos construir um futuro onde a saúde seja uma prioridade desde o início da vida.

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