O cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) às próximas eleições legislativas pelo círculo de Aveiro, Emídio Sousa, exigiu esta sexta-feira o avanço da reconstrução do edifício do tribunal de Santa Maria da Feira. No final de uma passagem pelas ruas da cidade, Emídio Sousa abordou, também, a necessidade de intervenção viária na zona da Cruz e defendeu a criação de uma estação na linha de alta velocidade (LAV) que sirva a região
“Há aqui dois erros muito graves. Por um lado, as rendas muito elevadas que o Estado paga, com o dinheiro dos impostos de todos nós, e, por outro, ao fim de 15 anos, ainda não há, sequer, uma linha de ação para a reconstrução do edifício”, disse Emídio Sousa, referindo-se ao antigo palácio da justiça feirense, notando que “são cerca de 65 mil euros por mês há cerca de 15 anos, sem que tenha havido qualquer desenvolvimento”, classificando a situação como “um erro e desperdício de dinheiros públicos”.
Emídio Sousa recordou que, enquanto presidente de câmara, propôs à tutela que o Município desenvolvesse o projeto de execução, para salientar que a Câmara é parceira e manifestar desejo de que “o governo perceba que Santa Maria da Feira é um dos territórios mais dinâmicos do país e que isso arrasta litigância, pelo que deve ter um tribunal com a dignidade que o território merece”.
Trata-se de um investimento de cerca de dez a 11 milhões de euros, que Emídio Sousa diz justificar-se, até porque, como sublinhou, “só em rendas, já se gastou esse valor em 15 anos e não somos proprietários de nada”. Estima-se que o tribunal necessitará de cerca de sete mil metros quadrados, quando o edifício antigo só tem 2.500.
Na sua passagem pela terra de origem, o cabeça de lista da AD referiu-se, também, à “absoluta necessidade de resolvermos o problema viário da zona da Cruz”, um investimento que rondará os 14 a 15 milhões de euros, mas, como sustentou, “o congestionamento permanente daquela estrada, que não é só de Santa Maria da Feira, mas também de S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Arouca e Ovar, concelhos que usam o nó da A1”, justifica a empreitada.
A outro nível, Emídio Sousa lembrou que 350 mil pessoas desta região não têm qualquer resposta a nível da saúde mental, para recordar a premência da ampliação do hospital de Santa Maria da Feira, agora que há terreno adquirido para o efeito. “Todos os sete municípios que integram o Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga sabem que não temos resposta em saúde mental e anseiam por que o problema seja resolvido”, referiu.
Emídio Sousa, manifestou, por outro lado, intenção de manter vivo o acordo celebrado com o então ministro das infraestruturas, João Galamba, para que seja criada uma estação na linha de alta velocidade entre Travanca e Arada, com acesso ao nó do Europarque: “a linha contempla ali um ponto de paragem, ultrapassagem e estacionamento de comboios, pelo que, como estou convicto de que a LAV vai receber comboios como o Alfa e o Intercidades, esta zona deve reivindicar uma estação, para não termos de apanhar o comboio no Porto ou em Aveiro”.