Em 2023/24, o sonho morreu na cidade de Santa Maria da Feira, no Estádio Marcolino Castro, aos pés do rival Feirense, mas esta temporada voltou mais forte e tem tudo para alcançar a tão desejada subida aos campeonatos profissionais. Lusitânia de Lourosa é líder isolado da fase de campeão da Liga 3 e só depende de si para eternizar esta época na história
A menos de dez quilómetros de distância da cidade de Santa Maria da Feira, onde tudo ‘caiu por terra’ na temporada transata, (re)vivem-se agora tempos de alegria e esperança. Em Lourosa, o Lusitânia local cumpriu com nota máxima a tarefa de classificar-se para a fase de subida, após ser 1.º classificado, e isolado, da Série A da Liga 3, superando a forte concorrência de, entre outros, Varzim, Fafe e Amarante. Venceu 11 das 18 jornadas, empatou três e perdeu quatro.
Com nova oportunidade de carimbar a subida aos campeonatos profissionais, uma já longa promessa do presidente Hugo Mendes, a turma de Pedro Miguel – substitui Renato Coimbra no decorrer da época – quer fazer melhor do que em 2023/24, na qual foi 3.º e perdeu o play-off de subida frente ao Feirense, e carimbar a promoção à Liga Portugal 2 Meu Super de forma direta.
Para tal, terá de ultrapassar uma concorrência feroz, com históricos nomes do futebol português. Entre Lusitânia de Lourosa, Fafe, 1.º Dezembro, Belenenses, Sporting B, Amarante, Varzim e Atlético, somente duas garantirão a promoção direta, enquanto uma terceira irá ao play-off.
Apesar de ter entrado na fase decisiva com uma derrota, frente ao Sporting B, os lusitanistas responderam de forma exímia, com quatro triunfos consecutivos, derrotando Varzim, Fafe, Amarante e 1.º de Dezembro, catapultando-se assim para a liderança. Empataram frente ao Atlético e seguem assim para a paragem das seleções no 1.º lugar, com 13 pontos, quatro à maior em relação a Sporting B e Belenenses.
A época tem sido frutífera para o Lusitânia de Lourosa, mas engane-se quem pensa que a tarefa é menos árdua agora que a equipa está no 1.º lugar e com uma margem relativamente confortável. Os índices de concentração têm de estar no máximo em todos os jogos, a cada passe, a cada remate, a cada desarme e a cada defesa, ou o risco de o sonho não passar disso mesmo será, uma vez mais, a dura realidade.
Apesar de o coletivo ter sido o maior destaque da equipa lusitanista, há que destacar Miguel Pereira, uma autêntica ‘força da natureza’. O ‘baixinho incansável’ é dos mais utilizados esta temporada e tem retribuído, também, com golos e assistências vitais para a caminhada de sucesso da equipa de Pedro Miguel.