Indaqua analisa poços e furos particulares e conclui que 94% têm água imprópria para consumo
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Indaqua analisa poços e furos particulares e conclui que 94% têm água imprópria para consumo

A empresa responsável pelo abastecimento de água da rede pública no Concelho analisou 377 poços e furos particulares, e avança que “94% revelaram algum tipo de contaminação”. A Indaqua sublinha que o uso de captações próprias para consumo humano pode representar riscos para a saúde pública

Em 2022 e 2023, 316 (94%) dos 337 poços e furos analisados por técnicos da Indaqua estavam, segundo a empresa, contaminados, por fatores microbiológicos (11% das contaminações), físico-químicos (21%) ou ambos (62%). Apesar das análises às captações próprias não terem caráter obrigatório, a empresa ressalva que “a falta de controlo de poços e furos particulares pode esconder algum tipo de contaminação, não detetável pelo cheiro, cor ou sabor da água”.

Em nota de imprensa, a concessionária refere que entregou os resultados de cada análise aos respetivos proprietários, que foram também informados sobre os riscos para a saúde que correm, nomeadamente “dores abdominais intensas e gastroenterites virais”.

“Com esta ação, pretendemos, essencialmente, alertar para estes riscos reais para a saúde, mas também recordar que existem uma forma de evitá-los: a água da rede pública, cuja segurança está avaliada em 100% pelo regulador, que é testada e monitorizada de forma permanente pela Indaqua Feira”, esclarece o diretor geral da Indaqua Feira, Daniel Cardoso, acrescentando que em Santa Maria da Feira “12 mil famílias não estão ligadas à rede de abastecimento, apesar de a terem disponível junto às suas habitações”.

O estudo à qualidade das captações próprias foi realizado em cinco concelhos cujo abastecimento de água da rede pública é garantido pelo Grupo Indaqua: Matosinhos, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde. “No total das 2.504 captações analisadas, 80% estavam contaminadas”, dá nota.

Por último, a empresa detalha que entre os parâmetros microbiológicos estudados, destacou-se a contaminação por bactérias coliformes, ‘Clostridium perfringensm’, ‘Escherichia coli’ e ‘Enterococos’. Já nos parâmetros físico-químicos, houve maior predominância de contaminação por alumínio, manganês e nitratos, para além de serem identificados valores de pH fora da norma.

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Márcia Soares
JORNALISTA | Licenciada em Ciências da Comunicação. A ouvir e partilhar as emoções vividas pelas gentes da nossa terra desde 2019.
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