Em causa a marcação de uma sessão extraordinária para votar a minuta da última assembleia
João Oliveira, eleito pelo PSD, mas que, entretanto, perdeu a confiança política por parte do partido, volta à carga, com críticas ao presidente da Assembleia de Freguesia de S. João de Ver, Filipe Coelho, acusando-o, agora, de agendar uma sessão extraordinária “para corrigir a incompetência”.
“A última assembleia de freguesia de S. João de Ver, para além de ter ficado marcada pela votação de documentos ilegais, ficou marcada, no fim, pelo presidente da Assembleia ter-se recusado a votar a ata em minuta, de modo a conferir eficácia às deliberações aprovadas, inclusive o orçamento”, contextualiza João Oliveira.
Prossegue, apontando que Filipe Coelho, “mesmo advertido com a leitura do regimento”, terá persistido “na recusa, afirmando de maneira arrogante tratar-se de uma interpretação errada” por parte de João Oliveira. “Fiz questão de explicar que tal decisão grave e incompetente recairia inteiramente sobre a sua responsabilidade”.
Após a referida sessão, João Oliveira solicitou, “dado que não há ata em minuta, o sentido das votações, para agir em conformidade com as ilegalidades aprovadas”, e Filipe Coelho, em resposta ao e-mail – afirma João Oliveira -, terá informado que “iria ser marcada uma assembleia extraordinária com a maior brevidade possível, para votar unicamente a ata em minuta”.
Para João Oliveira, “a convocação desta assembleia extraordinária, além de gerar custos e não apresentar qualquer utilidade evidente para a freguesia, expõe a falta de rigor, lisura, e, sobretudo, a enorme incompetência com que Filipe Coelho tem exercido no seu cargo”. “Ainda que preferisse evitar, vejo-me novamente compelido pela minha consciência em alertar para a quantidade, já penosamente extensiva de ameaças, falácias, comportamentos parciais, interrupções sucessivas, contradições, erros e gafes, que são cada vez mais inadmissíveis e que minam a qualidade da nossa democracia”, lê-se.
Por fim, apela a “uma reflexão profunda” de Filipe Coelho, para que este considere “a sua própria demissão”.