A unidade de negócio Rolhas aumentou as vendas em 5,4%, contribuindo com 423 milhões de euros
“Ao contrário do primeiro trimestre do ano, a evolução cambial teve um impacto desfavorável nas vendas consolidadas, particularmente na Unidade de Negócio (UN) Rolhas que foi a mais afetada pela desvalorização do dólar. Excluindo este efeito, as vendas consolidadas teriam caído 0,8%”, explica o grupo.
Os dados enviados à CMVM, mostram que “todas as UN apresentaram desempenhos positivos em termos de vendas, com exceção das UN Aglomerados Compósitos (-5,8%) e Revestimentos (-35,9%)”.
O EBITDA consolidado ascendeu a 103,8 milhões de euros, um crescimento de 5,8% face ao período homólogo de 2022, “refletindo, em grande medida, as poupanças significativas ao nível dos custos operacionais, nomeadamente decorrentes da redução dos preços de energia, que mais que compensaram os maiores preços de consumo de cortiça e o aumento dos custos com pessoal”.
Já o resultado líquido atingiu 51,4 milhões no final do primeiro semestre, uma subida de 8,0% face aos primeiros seis meses de 2022. No final de junho, a dívida remunerada líquida totalizava 187 milhões, um crescimento de 58 M€ face ao final de 2022 (129 M€). Justificado pela empresa com “o acréscimo das necessidades de fundo de maneio (79 M€), o aumento do investimento em ativo fixo (46 M€) e o pagamento de dividendos (27 M€)”.
Desempenho por Unidade de Negócio
A UN Rolhas atingiu vendas de 423,3 M€ (+5,4% face ao período homólogo), “beneficiando sobretudo da melhoria de mix de produto e da subida de preços”. Todos os segmentos de rolhas registaram uma evolução positiva das vendas, assim como a generalidade das categorias de rolhas. Segundo o grupo com sede em Mozelos, o EBITDA cresceu 18,6% para 91,0 M€ e o rácio EBITDA/Vendas para 21,5%.
Já as vendas e o EBITDA das UN Matérias-Primas e Rolhas totalizaram 430,6 M€ e 96,6 M€, respetivamente; o rácio EBITDA/Vendas combinado destas duas UN cifrou-se em 22,4%.
E, sentido inverso, o desempenho das vendas da UN Revestimentos “continuou a ser condicionado pelo contexto adverso que está a afetar o sector da construção”. As vendas totalizaram 49,6 M€ (-35,9% face ao período homólogo) e o EBITDA -2,7 M€.
As vendas da UN Aglomerados Compósitos ascenderam a 58,2 M€ (-5,8% face ao período homólogo), expandido o EBITDA para 11,8 M€ (+20,9% face ao período homólogo) e do rácio EBITDA/Vendas para 20,3%.
Por último, a UN Isolamentos foi a que apresentou uma evolução mais favorável das vendas no período, tendo estas subido para 9,9 M€ (+23,4% face ao período homólogo). No entanto, a Corticeira Amorim explica que o EBITDA “foi penalizado pela subida do preço de consumo de cortiça, única matéria-prima utilizada nesta UN, e os maiores custos operacionais, caindo para -0.6 M€”.