Dados retirados do projeto-piloto de micromobilidade elétrica “atestam utilização”
A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, a concessão de utilização privativa do domínio público municipal, para atividades de instalação e operação de serviços de partilha em modos suaves de transporte (no ponto da Ordem do Dia é referida a “decisão de contratar, fixação do preço-base e prazo; abertura e tipo de procedimento; aprovação das peças do procedimento; e designação dos membros do júri”), “para podermos dar uma continuidade, em tempo útil, a este serviço de velocípedes partilhados, que existe e foi utilizado no âmbito do projeto-piloto de micromobilidade elétrica”, explicou Ana Ozório, vereadora dos Transportes e Mobilidade. “O relatório apresentado do projeto-piloto atesta a utilização”, garantiu, ainda, a vereadora.
Solicitado pelo Correio da Feira, a Câmara avança que, segundo o referido relatório do projeto-piloto, “durante 17 meses, realizaram-se 67.681 viagens, por 22.255 utilizadores, ou seja, 87 veículos utilizados por dia, 1,7 km percorridos em média. A duração média de viagem foi de oito minutos. Registaram-se sete acidentes sem gravidade”.
No total, “serão instalados 212 pontos de partilha pelo Concelho, com um mínimo de seis lugares de velocípedes por ponto de partilha”, avançou Ana Ozório, na reunião do executivo.
O ponto foi aprovado por unanimidade, mas a oposição socialista, através de Sérgio Cirino, deixou reflexões. “É importante criar um regulamento, até para promover concorrência (melhor oferta, melhor preço e organização). A concessão é um bom ponto de partida, mas devemos evoluir para uma segunda fase, com uma regulamentação para todo o Município, a que as empresas poderiam concorrer, promovendo a concorrência”, disse, antes de alertar: “a micromobilidade elétrica até parece estar a avançar para a compra de velocípedes próprios e não para a utilização dos de partilha”.
