Em Portugal, a pneumonia é uma preocupação significativa de saúde pública, especialmente entre populações vulneráveis, como crianças e idosos. No Dia Mundial da Pneumonia, assinalado a 12 de novembro, é fundamental consciencializar a população sobre a prevenção, os sintomas e a importância do tratamento adequado desta doença.
A pneumonia é uma infeção do tecido pulmonar que se manifesta por tosse, febre, expetoração, dificuldade respiratória, dor torácica, entre outros sintomas.
Pode ter múltiplas classificações como, por exemplo, tendo em conta o local onde é adquirida ou a sua etiologia, isto é, se é bacteriana, vírica ou fúngica, entre outras.
São fatores de risco para contrair esta doença – sobretudo doença mais grave – a idade avançada, a presença de doença crónica particularmente se não controlada (diabetes, obesidade, doença cardíaca, hipertensão arterial, cancro, imunodepressão), infeções víricas prévias, consumo excessivo de álcool e tabagismo.
O tratamento depende da causa e gravidade da doença: passa por medicamentos para a febre, antibióticos, antivíricos ou antifúngicos e tratar e compensar as doenças crónicas associadas. Pode ser auto-limitada, tratada em casa, ou, no limite, necessitar de internamento hospitalar e, em casos mais graves, em cuidados intensivos).
Esta continua a ser a principal causa de morte respiratória, sendo responsável pela morte de 16 pessoas por dia no nosso país e 11 mil pessoas por mês em toda a europa.
O prognóstico depende do estado global de saúde prévio do doente, da causa subjacente e das doenças crónicas e estado imune e vacinal associado.
A adoção de estilos de vida saudáveis, o adequado controlo e seguimento das doenças crónicas, a vacinação regular contra infeções víricas (por exemplo, contra a gripe e Covid-19), a vacinação contra determinadas bactérias (pneumococo, entre outros), o não fumar (ou abandonar esse hábito nocivo) e não consumir álcool em excesso, são medidas que podem reduzir o risco desta doença e a sua gravidade.
Na CUF privilegiamos uma abordagem multidisciplinar para o tratamento desta doença, existindo uma articulação próxima entre médicos de Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Pneumologia, e enfermeiros, capazes tratar e orientar adequadamente estas situações assim como de ajudar a prevenir esta doença.