Socialistas testaram a plataforma SIGA, que não possibilitou a marcação das protocoladas três refeições com saldo negativo no cartão do aluno. Sugere que sejam permitidas cinco, vereador da Educação assegura que “ninguém fica sem refeição” e presidente da Autarquia pede cautela, para evitar abusos de quem não precisa de apoio
Foi no período que antecede a ordem do dia da última reunião de Câmara, realizada segunda-feira, dia 6, e cuja duração foi de pouco mais de uma hora, que o vereador Sérgio Cirino pediu esclarecimentos sobre o processo de agendamento de refeições escolares, assegurando que a equipa de vereação socialista testou a plataforma SIGA, reportando problemas na marcação, nomeadamente das três refeições que são permitidas agendar, mesmo sem saldo no cartão do aluno.
Em resposta, o homólogo social-democrata com a pasta da Educação referiu tratar-se de uma “questão com uma dinâmica complexa”. “Para evitar o desperdício alimentar, há vários procedimentos. É permitida a marcação até três refeições com saldo negativo”, prosseguiu, relembrando que os alunos com carências socioeconómicas devidamente identificadas não pagam.
Gil Ferreira descreveu que perante uma situação temporária e imprevista, a respetiva instituição escolar deve acionar o fundo municipal de emergência, para ‘socorrer’ a família, assegurando a devida confidencialidade, de forma que nenhum aluno fique sem refeição. “Ninguém fica para trás, sem refeição”, assegurou.
Sérgio Cirino quis deixar como recomendação que seja permitida a compra, não de três, mas de cinco refeições por parte de um aluno que não tenha saldo na respetiva conta da plataforma, sendo que após as cinco, seria acionado um alarme, para que os serviços sociais municipais contactassem os encarregados de educação com vista ao aprofundamento da situação; sempre em articulação com a Autarquia.
Já o presidente da Câmara Municipal alertou para possíveis abusos. “É algo que tem de ser feito com muita cautela, para ajudar quem realmente precisa”, referiu Emídio Sousa.