PS sugere compostores comunitários e recolha seletiva de resíduos em todas as freguesias
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A recomendação partiu do vereador socialista Sérgio Cirino, que pede evolução na questão da compostagem e que a recolha porta-a-porta se estenda por todas as freguesias do Concelho

No período antecessor da última reunião de Câmara, de 6 de maio, cuja sessão durou pouco mais do que uma hora, o vereador do Partido Socialista, Sérgio Cirino, usou da palavra para lembrar que, de 5 a 11 de maio, decorre a Semana Internacional da Compostagem.

“Em Santa Maria da Feira, temos um projeto-piloto, muito virado para as casas (doméstica), que se vai desenvolvendo e, segundo o relatório de 2023, continuou-se com as sessões de sensibilização, ou seja, tem-se mantido, mas não tem arrancado efetivamente”, disse, a respeito, Sérgio Cirino, apontando e dando exemplos de vários municípios que “já evoluíram”.

“Têm apostado na compostagem doméstica, mas também numa vertente comunitária, ou seja, alguns jardins centrais das freguesias têm uns compostores maiores, onde as pessoas depositam os biorresíduos. No fundo, juntaram três coisas: a compostagem doméstica, nas moradias; os compostores comunitários que, por exemplo, está implantado em Fornos de Algodres, e depois são os funcionários camarários que tratam os compostos, para adubar os jardins. A sugestão é que também evoluíssemos”, apontou.

O vereador do pelouro do Ambiente, Mário Jorge Reis, antes de abordar a questão da compostagem — para biorresíduos, que são excedentes alimentares e de cozinha, assim como resíduos biodegradáveis de jardinagem, folhas, flores e galhos, e devem ser separados do restante lixo —, resumiu o estado do projeto-piloto no Concelho e informou sobre futuras ações de sensibilização. “Temos este projeto desde 2010. Todos os anos, temos feito ações de sensibilização em diversas freguesias. Temos cerca de 850 compostores distribuídos pelas freguesias e, curiosamente, este mês, temos o início de novas ações: 14/05, na Junta de Freguesia de Canedo; 16/05, em Rio Meão; 8/10, em Romariz; e 10/10, em Souto/Mosteirô”.

No entanto, quanto à compostagem comunitária, embora admita que está presente no “plano estratégico de ação para os resíduos sólidos e urbanos”, também confirma que a Câmara “de momento, não estamos a trabalhar nessa área”. Ainda assim, confirmar ser algo a “equacionar”.

Recolha seletiva porta-a-porta

Ainda em matéria ambiental, Sérgio Cirino frisou que o referido “tratamento local de biorresíduos, se se revelar uma mais-valia, e a recolha seletiva deviam-se estender a todas as freguesias”. “Não faz sentido haver esta dicotomia”, sublinhou.

Em resposta, o presidente da Câmara Municipal, Amadeu Albergaria, garantiu que o problema não está na compra e distribuição de equipamentos de reciclagem e que também a Câmara pretende que se estenda a todo o território

“Não é um problema de não queremos resolver. Aliás, se o problema fosse resolvido comprando os contentores para a recolha seletiva, tanto a Câmara Municipal da Feira, como a de Gaia, que tem o mesmo problema, já os tinham comprado. O problema tem a ver com o programa de investimentos da Suldouro. As duas câmaras já se disponibilizaram a resolver. Queremos que se estenda a toda a população e estamos disponíveis para fazer investimentos nessa área, o problema é que a Suldouro não tem isso previsto no plano de investimentos e de autorizações que são necessárias”, explicou o autarca.

Em complemento, Mário Jorge Reis afirmou que a questão estava na “montagem de circuitos da Suldouro e recursos humanos”.

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Nélson Costa

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DIRETOR | Jornalista de formação e por paixão. Curioso, meticuloso, bom ouvinte, observador até das próprias opiniões.
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