SOCN fala em “liberdade de ação chantageada e condicionada” por empresas concelhias
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SOCN fala em “liberdade de ação chantageada e condicionada” por empresas concelhias

O Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte (SOCN) enviou uma nota de imprensa referente aos plenários realizados em várias empresas do setor corticeiro, no dia passado dia 10, onde relata que “a liberdade de ação e reunião sindical foi chantageada, condicionada e limitada”

No âmbito das atuais negociações com a Associação Patronal (APCOR) relativo ao CCT, o SOCN avançou com ações junto das empresas do setor, enviando-lhes, como refere, em nota de imprensa, cartas registadas com o intuito de realizar reuniões dentro das instalações das mesmas.

“Entre várias empresas e para o que ora releva foram as quatro infra do universo Amorim: Amorim Cork, S. A.; Amorim Cork Composites, S. A.; Amorim Cork Flooring, S. A.; e Socori – Sociedade Cortiças de Riomeão, S. A. (Amorim Socori). As quatro empresas visadas responderam a este sindicato de forma a condicionar, limitar e coagir a realização das mesmas. Na véspera das reuniões com os trabalhadores, as referidas empresas afixaram quatro comunicados, com o objetivo censurável e ilícito de condicionar e limitar a presença dos trabalhadores nessas reuniões e também no sentido de causar constrangimentos sindicais entre o sindicato e os próprios trabalhadores, imputando àquele a responsabilidade da perda de direito de férias, caso realizassem as reuniões com a presença dos trabalhadores”, avança o SOCN, considerando o referido “uma chantagem constitucional e legalmente inadmissível, inaceitável do ponto de vista institucional e de seriedade intelectual muito questionável”.

“A liberdade de ação e reunião sindical não pode ser chantageada, condicionada e limitada num Estado de Direito como é o nosso. Pertencem a um núcleo essencial de direitos, liberdades e garantias que não podem ser subjugados como efetivamente o foram”, defende.

Garante que “muitos trabalhadores das quatro empresas referidas optaram por não marcar presença nos plenários com receio de represálias”, dado que “os trabalhadores da Socori foram informados que quem participasse nos plenários perdia dois dias de férias”, prossegue.

Por fim, visa a Cork Supply, em S. João de Ver. “Chegados os quatro dirigentes sindicais às referidas instalações da empresa, foram informados pela portaria que não tinham conhecimento nem indicações da referida reunião entre o sindicato e os trabalhadores. Os quatro dirigentes nunca foram autorizados a entrar nas instalações, permanecendo sempre no exterior. O porteiro, entretanto, entrou em contacto com o pessoal do interior da empresa, tendo sido novamente reiterado aos dirigentes sindicais a não autorização de reunirem no interior das instalações. Neste caso, a própria empresa nem sequer teve pudor em violar direitos constitucionais e legais, num claro ‘não quero e não deixo’”, conclui.  

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Márcia Soares
JORNALISTA | Licenciada em Ciências da Comunicação. A ouvir e partilhar as emoções vividas pelas gentes da nossa terra desde 2019.
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