PSD e PS admitem especulação imobiliária. Emídio Sousa pede prudência às pessoas, referindo que a Câmara Municipal não está a comprar nem a vender terrenos
Também fora da ordem de trabalhos, numa reunião de Câmara que durou menos do que 60 minutos, o PS mostrou-se “preocupado com a especulação imobiliária que está a ocorrer nos terrenos do Lusopark”, em Espargo.
Márcio Correia afirmou que “há terrenos colocados à venda por mais de 100 euros o metro quadrado, o que é excessivamente alto”. Com isto, o socialista apelou à Câmara Municipal que “assuma de forma transparente, límpida e séria qual a área urbanizável para indústria nos terrenos confinantes ao Lusopark, e no futuro PDM que vai ser aprovado, para que os atuais proprietários não sejam prejudicados”.
“É preciso que as regras sejam límpidas, para que tudo seja processado dentro da legalidade. Propomos que a Câmara publique, online, a área de solo urbanizável que está em discussão atualmente, de expansão da zona industrial do Lusopark”, finalizou o socialista.
Em resposta, o presidente Emídio Sousa admitiu relatos sobre os preços praticados por metro quadrado na venda de terrenos do Lusopark, que atingiu os 100 euros, mas esclareceu serem “negócios privados”, não tendo a Autarquia “qualquer tipo de influência”.
Quanto ao PDM atual, referiu estarem “perfeitamente identificados quais os terrenos com capacidade para atividades económicas”. Sobre o futuro PDM, apelou à prudência das pessoas e empresários, revelando que a intenção da Autarquia é “ampliá-lo ao máximo a norte da Molaflex”, deixando reservas quanto à pretensão, devido à eventual construção do TGV.
No entanto, não deixou de mencionar que a sul e poente da Molaflex, “qualquer venda é um risco que as pessoas vão correr, porque vão perder”, consciencializando-as: “qualquer pessoa que queria fazer negócio no Lusopark, venha primeiro ver, para não ser levada a fazer um investimento que não se concretize, ou para não ser enganada”.
Por fim, relembrou estar em estudo, juntamente com o município limítrofe de Ovar, “a criação de uma eventual avenida que ligue os dois concelhos”.