O dia 7 de junho foi de festa para Álvaro Couto, amigos e família. O idoso completou 105 anos de vida, soprando as velas no Centro Social de Paços de Brandão
Amante de pássaros, Álvaro Couto foi brindado com um pelo Centro Social de Paços de Brandão, em dia de comemoração do 105.º aniversário.
Natural de Vila Nova de Gaia, mudou-se para a freguesia brandoense há sensivelmente 80 anos, “para se estabelecer”. Em Paços de Brandão, o idoso montou uma indústria de pichelaria, à qual dedicou toda a sua vida, e garante que “não havia igual nas freguesias à volta”. “Tinha nove empregados na fábrica e trabalhei nas maiores fábricas de Paços de Brandão. Não havia picheleiros na freguesia”, diz o idoso, conhecido na freguesia por ‘Álvaro picheleiro’, pese embora confesse que “queria ser tipógrafo”.
Garante que foi “feliz” e orgulha-se de em jovem ter sido quarteleiro. “Entregava tudo aos soldados [tinha a seu cargo armamento, material de guerra e uniformes]. Dormia sozinho na caserna e lavava a roupa no tanque e metia a secar”, recorda.
Com uma filha, três netos, três bisnetos e duas tetranetas, Álvaro Couto foi durante largos anos utente do Centro Social de Paços de Brandão, porém, desde novembro, que está em casa “a descansar”. Nos tempos livres, gosta de desenhar pássaros e projetar as futuras casas das tetranetas.
Na tarde de 7 de junho, junto de utentes do Centro Social de Paços de Brandão, família, o vereador Mário Jorge Reis e o presidente da Junta de Freguesia, Avelino Costa, soprou as velas e discursou. “Não sei como posso estar aqui à frente de boas senhoras casadas e meninas solteiras à espera do dia delas. Agradeço-vos muito a visita e ao Centro Social de Paços de Brandão a festa. Que paciência têm para me aturar”, disse, arrancando gargalhadas na sala.