A comédia musical ‘Monólogos da Vacina’ chega ao grande auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira, no próximo dia 4 de fevereiro, pelas 21 horas. O espetáculo idealizado por João Baião promete ministrar uma vacina de “boa disposição, esperança e alegria” no público
João Baião é sinónimo de alegria, energia e boa disposição. Todos estes elementos estarão refletidos em palco, no espetáculo que idealizou. ‘Monólogos da Vacina’ surgiu numa das vezes em que o apresentador assumiu o papel de ‘Dona Odete’, na ‘Casa Feliz’, programa da SIC que apresenta ao lado de Diana Chaves.
“A ideia começou com o trocadilho da peça de teatro ‘Monólogos da Vagina’, que é extremamente conhecida, e numa brincadeira com a personagem que encarno, a ‘Dona Odete’. Como se falava muito de vacinas, fiz uma publicação [nas redes sociais], os ‘Monólogos da Vacina’, e comecei a receber mensagens a perguntarem-me se era um espetáculo”, refere João Baião, que como outrora já tinha tido em mente “ensaiar um espetáculo diferente”, mas que com a pandemia a ideia acabou por ‘cair por terra’, assim que as cortinas dos palcos se abriram, não duvidou. “Quando foi possível regressar, peguei neste título, acrescentei atores e bailarinos, e decidi fazer não um monólogo, mas sim um espetáculo de música”.
A ideia correu de feição e João Baião tem estado a arrancar gargalhadas pelas salas do país desde março de 2022. Ao seu lado, em palco, acompanha-o os atores Cristina Oliveira, Mané Ribeiro, Susana Cacela e Telmo Miranda, mais oito bailarinos: Catarina David, Inês Corte Real, Marta Nagy, Inês Fortuna, João Pataco, Nuno Milne e David Bernardino. Todos juntos, encenam uma paródia em torno da pandemia da Covid-19, trazendo a cena vários aspetos relacionados com o referido período. “Depois de passada a parte pior, vamos aliviar, vamos dar esperança às pessoas e fazer um espetáculo divertido, brincando com as suas situações e parodiando os dois anos em que vivemos confinados e amedrontados com uma situação de que não há memória: ver o mundo fechado por causa de um vírus”, revela, ressalvando que “respeitam toda a dor que a situação trouxe e lamentam todas as vidas perdidas em consequência do vírus”. “É aproveitar a ideia da vacina e do confinamento e partir para um espetáculo divertido. Trata-se de uma vacina de boa disposição, esperança e alegria”, deixa claro o ator, que conta com o sentido de humor dos portugueses. “Os portugueses estão sempre disponíveis para uma boa gargalhada e uma boa festa, sobretudo depois do período pelo qual passámos. As pessoas estavam mesmo a precisar desta lufada de ar fresco, desta vacina da boa disposição”, garante.
Espetáculo excede as expetativas
O espetáculo que está prestes a estrear-se em Santa Maria da Feira, já passou pelo Porto, Lisboa, Figueira da Foz, entre outras localidades. O êxito junto do público tem superado as expetativas dos atores. “Estamos quase a completar um ano de representações e o espetáculo excedeu todas as expetativas. Nota-se que as pessoas estavam com muitas saudades de voltarem às salas e de verem uma noite de teatro ou uma matiné. No fim dos espetáculos, quando estou com o público a tirar fotografias e a dar abraços, testemunho isso. Encontro jovens que nunca tinham ido a uma sala de teatro e até crianças de seis anos que estão durante duas horas despertas e atentas à cena. Temos tido opiniões extraordinárias, tais como: ‘Já há muito tempo que não me ria assim’ ou ‘É um espetáculo muito divertido’”, conta João Baião, acrescentando que há pessoas que já foram assistir a ‘Monólogos da Vacina’ “pela segunda e terceira vez”. “Tem sido uma experiência que excedeu definitivamente todas as expetativas. Nunca pensei encher salas como o Coliseu do Porto por duas vezes, o Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, que leva quase 1500 pessoas, o Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz… Todas as salas têm enchido e os bilhetes esgotam rapidamente, o que mostra o grande carinho que as pessoas têm por mim e por todo o elenco, mas também que querem divertir-se, porque estão a precisar depois de um período tão negro”.
Para João Baião, a reação positiva do público tem ainda mais significado por se tratar de um espetáculo original e após um período delicado. “Não é um espetáculo que já foi testado, que é uma versão de um espetáculo feito em Londres ou na Broadway. Partimos do zero. Tive a ideia, desafiei alguns colegas e amigos a escreverem textos e compilei-os, portanto, não tinha qualquer referência de como as pessoas iam receber este espetáculo. Além da preocupação de surgir depois de um período negro”, explica.
O monólogo que “rapidamente passa a uma eletrizante sequência de diálogos, coreografias, canções e cenas recheadas de humor, numa autêntica explosão de luz, vídeo e dança”, estreia-se a partir das 21h, do dia 4 de fevereiro, sábado, no Europarque, em Espargo, Santa Maria da Feira. Os ingressos estão à venda na BOL e têm um custo entre os 18 e os 25 euros.
João Baião estreia novo espetáculo em setembro
Depois da “experiência maravilhosa” de ‘Monólogos da Vacina’, o ator não quer parar, mesmo que isso implique ficar sem o seu dia de folga. “Isto alimenta-me muito e gosto muito de estar com o público e de viajar por todo o país. Estive muito tempo afastado do teatro, queria muito voltar em conceito de turnê e depois desta experiência maravilhosa dos ‘Monólogos da Vacina, não quero parar. Estou numa fase de pré-preparação, com ideias e com textos para o novo espetáculo que em princípio estreia em setembro”, revela o ator, que é ainda apresentador do programa das manhãs ‘Casa Feliz’ e que surge com frequência noutros projetos televisivos, como é exemplo o ‘Domingão’. A paixão pelo que faz é o segredo para conseguir conciliar todos os projetos. “Quando se quer muito, conseguimos arranjar tempo. Se tivesse mais disponibilidade podia fazer espetáculos que captam outra camada de público, aos domingos à tarde, mas por causa do ‘Domingão’ não posso. A verdade é que querendo, porque tenho muita paixão por aquilo que faço, conseguimos ter tempo para tudo. Por isso, continuarei com ‘Monólogos da Vacina’ e estou muito feliz. Foi um ano extraordinário, que me deixa muito contente e com vontade de continuar”.