Economia

Face ao período homólogoVendas da Corticeira Amorim caem 7% no primeiro semestre

As vendas consolidadas da Corticeira Amorim totalizaram, nos primeiros seis meses do ano, 500,7 milhões de euros (M€), um decréscimo de 7,1% face ao período homólogo de 2023.

“Todas as UN registaram uma redução das vendas decorrente, na generalidade, de menores níveis de atividade, exceto a Amorim Cork Composites, cujas vendas ascenderam a 60,0 M€, um crescimento de 3,2% face ao primeiro semestre de 2023”, diz o grupo. Segundo explica, em nota de imprensa, o contexto adverso do mercado, nomeadamente no que diz respeito à performance dos volumes, penalizou as vendas da Amorim Cork, que registaram um decréscimo de 7,1% face ao período homólogo do ano passado.

O EBITDA consolidado ascendeu a 94,4 M€, o que compara com 103,8 M€ no primeiro semestre de 2023, “pressionado por maiores preços de consumo de matérias-primas cortiça e pelo efeito da desalavancagem operacional”. Por outro lado, explica que os menores custos de matérias-primas não cortiça, maiores eficiências industriais e melhorias do mix de produto possibilitaram compensar parcialmente estes efeitos, suportando a margem EBITDA consolidada nos 18,9% (1S2023: 19,2%). 

A Corticeira Amorim encerrou assim o primeiro semestre de 2024 com um resultado líquido de 36,5 M€, uma redução de 28,9% face ao período homólogo. “Esta evolução reflete a inclusão de custos não-recorrentes (5,3 M€), bem como o aumento dos encargos financeiros em consequência do maior nível de endividamento”, justifica.

“No primeiro semestre anunciámos um novo modelo organizativo, com a criação, em janeiro de 2025, da Amorim Cork Solutions, que agregará três Unidades de Negócio (UN): Amorim Cork Flooring, Amorim Cork Composites e Amorim Cork Insulation. Acreditamos que esta nova UN conduzirá a uma gestão mais eficiente das operações ‘não rolha’ e potenciará sinergias industriais, comercias e de suporte, decorrentes da partilha de meios e recursos, bem como a otimização da capacidade produtiva instalada e das tecnologias”, refere António Rios Amorim.

Para o CEO, o ano de 2024 fica marcado “pelo aumento significativo do preço de consumo de cortiça, reflexo da subida dos preços na campanha de 2023, por condições de mercado desafiantes, com baixa visibilidade e pressão sobre os volumes, e pela reestruturação da Amorim Cork Flooring”.

“Os nossos esforços concentram-se em reforçar a solidez financeira e proteger os níveis de rentabilidade, através do aumento da eficiência industrial, melhoria do mix e ganhos de quota de mercado”, acrescenta.

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Márcia Soares
JORNALISTA | Licenciada em Ciências da Comunicação. A ouvir e partilhar as emoções vividas pelas gentes da nossa terra desde 2019.
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