Grupo de cidadãos alega “irregularidades” no Centro Cultural e Recreativo de Fornos. Direção reage
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Grupo de cidadãos alega “irregularidades” no Centro Cultural e Recreativo de Fornos. Direção reage

Um grupo de cidadãos – Iniciativa em defesa do CCRF – Centro Cultural e Recreativo de Fornos, em Santa Maria da Feira, alega “múltiplas irregularidades”, por parte da atual direção, razão pela qual estiveram em protesto, na terça-feira, na sede da associação.

Em nota de imprensa, indicam como motivos do protesto a “proibição da participação de associados nas assembleias gerais; a perda da qualidade de sócio sem qualquer justificação ou notificação aos associados; o impedimento de inscrição de sócios; a suspensão da vigência dos estatutos; e a realização de assembleia geral no dia 19, sem convocar todos os sócios para aprovação”.

A Iniciativa em defesa do CCRF acrescenta tratar-se de uma associação “que recebe financiamento público municipal e nacional e tem estado a atuar absolutamente à margem de qualquer fiscalização das entidades competentes”.

Contactado pelo Correio da Feira, o vice-presidente do Centro Cultural e Recreativo de Fornos, Antero Leite, reagiu às acusações proferidas pelo referido grupo de cidadãos, adiantando, desde logo, que a assembleia geral, marcada para terça-feira, “não se realizou, tendo as autoridades sido chamadas ao local e considerado que não havia condições para que se realizasse”. Ao que indicou, será reagendada para daqui a uma semana.

Quanto “à perda da qualidade de sócio sem qualquer justificação ou notificação aos associados” e “impedimento de inscrição de sócios”, o vice-presidente justifica: “foram suspensas [as inscrições] até à revisão dos estatutos por serem de 1973. Têm de ser atualizados devido ao Tribunal de Contas e aos organismos que tutelam as escolas. Em junho, em sede de assembleia geral votou-se pela alteração de estatutos. A situação acabou por se arrastar até dezembro, mas temos o compromisso de fazer essa revisão estatutária. Era para ter sido terça-feira, mas como houve uma situação extraordinária, não chegaram a ser submetidos à revisão/aprovação dos sócios”, explica, revelando haver um imbróglio quanto aos sócios do CCRF. “Há nomes nos cadernos de sócios que não sabemos quem são, porque a anterior direção não fazia registos. Então, definimos que se houvesse alguém que reivindicasse que era sócio, iriamos averiguar, porque tem de haver um mecanismo para garantir a equidade, já que há pessoas que não pagam quotas há 20 anos”.

Posto isto, Antero Leite assegura que os sócios que sabem quem são, “de que têm registo e pagamentos [atualizados], foram convocados”.

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Márcia Soares
JORNALISTA | Licenciada em Ciências da Comunicação. A ouvir e partilhar as emoções vividas pelas gentes da nossa terra desde 2019.
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